Já verificou se na sua factura mensal de electricidade, vem o parâmetro energia reactiva e se está a pagar por esta componente? Será que necessita mesmo de pagar por esta energia? Neste artigo vamos explicar-lhe o que é, como é facturada e como reduzir esta energia.

O que é a energia reactiva?

Energia reactiva é uma componente de energia, necessária para o funcionamento dos motores. É a responsável pela criação do campo magnético para fazer girar o motor, assim como também é precisa para todos os equipamentos que usem campos magnéticos, como por exemplo transformadores e geradores.

Poderemos dizer que a energia activa é aquela que é transformada em trabalho, enquanto a energia reactiva não produz trabalho, circula na rede e ocupa espaço que poderia ser usado pela energia activa.

Energia Reactiva

Quando se fala em energia reactiva, fala-se sempre em factor de potência, esta é a razão entre a potência activa e a potência aparente de uma instalação.

O factor de potência de uma instalação reflecte a eficiência do sistema eléctrico. Valores próximos de 1, significa que a instalação tem boa eficiência, valores mais baixos significam que a instalação tem má eficiência, provocando perdas de energia, aquecimento nos condutores e transformadores assim como diminui a energia activa disponível.

Como é facturada esta energia reactiva?

Os consumidores com potências contratadas até 41,4kVA não pagam energia reactiva, apenas para potências superiores é que é medida e facturada.

Existe duas formas de energia reactiva, a capacitiva e a indutiva.

Energia Capacitiva

A energia capacitiva será quando injectamos energia reactiva para a rede, ou seja existe um excedente de energia reactiva. Este é alvo de facturação nas horas em vazio que rondará entre as 23:00 e as 8:00, dependendo do horário contratado.

Energia Indutiva

A energia indutiva será quando consumimos energia reactiva da rede, ou seja não temos uma bateria de condensadores instalada ou esta é insuficiente. Caso se verifique, as cargas indutivas têm que ir buscar a energia reactiva à rede para trabalharem.

Esta é facturada nas horas fora de vazio, que rondará entre as 8:00 e as 23:00, dependendo do horário contratado. A sua facturação, apenas será feita quando consumimos acima de 30% da energia activa consumida, nesse mesmo período e que o factor de potência seja abaixo dos 0.95.

Existem vários escalões da energia reactiva onde cada escalão é facturado de maneira diferente:

  • 1º escalão: 0.3< tg y <0.4 ou 0.93< cos y <0.95 (f. m. x0.33)
  • 2º escalão: 0.4< tg y <0.5  ou 0.89< cos y <0.93 (f. m. x1)
  • 3º escalão: 0.5> tg y ou cos y <0.89 (f. m. x3)

O que fazer para reduzir esta energia reactiva na factura?

A energia reactiva tem de existir numa instalação eléctrica, pois como dito acima, as máquinas necessitam dela para funcionarem.

Para isso, utilizam-se baterias de condensadores nas instalações, para fornecerem essa energia em vez de a ir buscar á rede, aliviando assim a rede de distribuição e aumentando a sua capacidade de transportar energia activa.

Uma vez que as baterias de condensadores passam a fornecer a energia reactiva à instalação, deixamos de pagar essa componente na factura mensal. Mas atenção, pois estas têm de ser bem dimensionadas.


Podíamos dizer muito mais sobre este assunto, mas o principal está resumido neste artigo. Esperamos que o mesmo, o tenha ajudado a perceber melhor o que é e como reduzir o custo da energia reactiva. E você, já pensou em reduzir os custos da energia reactiva?